Um fator importante que prejudica a fertilidade é o fato das mulheres priorizarem a carreira profissional, adiando a chegada da maternidade. “Com o aumento da idade, a capacidade ovulatória da mulher diminui muito e com isso há uma maior necessidade de se recorrer a tratamentos que utilizam técnicas mais avançadas de estímulo da ovulação para se alcançar a gravidez”, avisa a doutora em ginecologia Rosa Maria Neme.
Formas de tratamento
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Realizar um diagnóstico correto é essencial para a escolha da terapia apropriada, já que diversos procedimentos podem ser utilizados para a fertilização. A reprodução assistida consiste em todo o procedimento que envolve a intervenção de técnicas médicas e laboratoriais no processo de fecundação. Atualmente, há diversos tipos de tratamento que, em 90% dos casos, apresentam sucesso no sonho de ser mãe. Os recursos variam entre tratamentos de baixa e de alta complexidade. São considerados tratamentos de baixa complexidade a indução da ovulação e a inseminação intra-uterina; e de alta complexidade a fertilização in vitro e a injeção intra-citoplasmática de espermatozóides.
A indução da ovulação é quando o médico analisa o ciclo menstrual da mulher e indica a data e o horário da ovulação, período em que a mulher apresenta o ápice de fertilidade. O procedimento custa entre R$ 500,00 e mil reais, dependendo do tipo de medicação utilizada para a estimulação.
Outra alternativa é a inseminação artificial, na qual os ovários da mulher são estimulados para produzirem cerca de quatro óvulos, ao invés de apenas um. Então, o sêmen do parceiro é preparado em laboratório e colocado dentro do útero da mulher na época correspondente à ovulação, que é controlada pelo médico. O método custa cerca de R$ 3 mil, valor que envolve o custo das medicações para indução da ovulação, preparo do sêmen e o custo dos honorários do médico especialista.
Este tratamento é indicado aos casais que apresentam uma sub-fertilidade, em casos em que a mulher tem dificuldade de ovular, ou que o homem apresenta alterações na quantidade ou na qualidade da mobilidade dos espermatozóides.
Na fertilização in vitro, os ovários são estimulados para produzirem uma grande quantidade de óvulos. Em laboratório, o sêmen do parceiro é colocado em contato com os óvulos, que são coletados através de uma punção dos ovários, na época correspondente à ovulação. Estes espermatozóides fecundarão os óvulos, formando os embriões e estes serão transferidos, para o útero da mulher, em um período entre 48h e 72h após a aspiração dos óvulos. O método custa em média R$ 15 mil e envolve as medicações para indução da ovulação, em torno de R$ 6 mil, e uso do laboratório de reprodução assistida. O tratamento é aconselhado para casais que apresentam infertilidade por um fator mais grave, como a endometriose avançada, obstrução das tubas uterinas bilateralmente, ou quando o homem apresente uma alteração mais grave em relação ao número, mobilidade e forma dos espermatozóides.
Nestes casos, também é indicado o tratamento através da injeção intracitoplasmática (ISCI). Após a estimulação dos ovários da mulher, o sêmen do parceiro é coletado através de masturbação ou punção dos testículos ou epidídimo, e o espermatozóide é colocado diretamente dentro de cada óvulo. Neste caso o preço do tratamento é mais salgado e varia entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.
Em alguns casos, o casal também pode recorrer à “barriga de aluguel”, método no qual o ovário da mãe verdadeira é estimulado através de medicamentos, enquanto o útero de uma outra mulher é preparado para receber a criança. Em geral, o procedimento adotado é a fertilização in vitro, quando são retirados óvulos da mãe e espermatozóides do pai, para serem fertilizados em laboratório. Em seguida, cerca de dois embriões são transferidos para o útero da mulher. Nesta técnica, a probabilidade de nascerem gêmeos é de 30% e o custo por tentativa é de cerca de R$ 11 mil, além de R$ 4 mil a R$ 5 mil que são gastos com o medicamento.
Diversos fatores, como a idade da mulher e a qualidade e a quantidade do esperma produzidos pelo homem, são levados em conta quando o casal opta pelas terapias da reprodução assistida. “A idéia é promover um tratamento que se encaixe perfeitamente nas necessidades do casal e que tenha grandes chances de resultar em uma gestação.”, indica o ginecologista Paulo Olmos.
É importante salientar que em qualquer tratamento que aumenta a quantidade de óvulos disponíveis aos espermatozóides, aumentam-se também as chances de gestação de bebês gêmeos.
Outra dica é procurar centros de reprodução assistida que sejam respeitados no meio médico e que apresentem certificações perante as sociedades médicas. O SUS (Sistema Único de Saúde) oferece atendimento grátis para casais inférteis, apesar de os medicamentos não serem custeados pelo Sistema. Neste caso, em uma fertilização in vitro, por exemplo, são necessários aproximadamente R$ 4 mil com medicações. Confira abaixo algumas clínicas especializadas em reprodução humana:
Centros médicos São Paulo ? Clínica e Centro de Pesquisa em Reprodução Humana Roger Abdelmassih Avenida Brasil, 1085 – Jardim América Tel.: (11) 3087-1555 Site: www.abdelmassih.com.br? Clínica de Reprodução Humana Dr Gilberto da Costa Freitas Alameda Santos 211, Cj.1304 Ed. Paulista Boulevard – Cerqueira César Tel.: (11) 3284-2077? Célula Mater Al. Gabriel Monteiro da Silva, 802 – Jd Paulistano Tel.: (11) 3085-4099 Site: www.celulamater.com.br? Centro de Investigação em Reprodução Humana Dr. Carlos Roberto Izzo Al. Gabriel Monteiro da Silva, 602 – Jd. Paulistano Tel.: (11) 3083-2414 / 3083-2866 Site: www.cirh.com.br? Centro de Reprodução Humana Fertivitro Av. Indianópolis, 843 Tel.: (11) 5081-2031 Site: www.fertivitro.com.br Rio de Janeiro ? Clínica Origen – Unidade Rio de Janeiro ? Clínica Pró-Nascer ? Huntington Medicina Reprodutiva – Unidade Rio de Janeiro Belo Horizonte ? Clínica Pró-Criar / Mater Dei – Belo Horizonte ? Instituto de Saúde da Mulher |
Colaboraram:
? Paulo Olmos
? Rosa Maria Neme